A tristeza de finalmente conseguir

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Existe um segredo sujo sobre o sucesso que ninguém te conta nos palcos de marketing digital ou nos livros de autoajuda.

É o momento exato após a vitória.

Você passa meses, talvez anos, obcecada por um número. Um faturamento, um cargo, um peso na balança, um relacionamento. Você sacrifica noites, engole sapos, disciplina sua biologia e foca como um laser.

E então, acontece. O contrato é assinado. O dígito cai na conta. A meta é batida.

Você abre o champanhe. Você posta a foto. Você recebe os parabéns.

E, 24 horas depois, você acorda e sente algo estranho no peito. Não é euforia. Não é plenitude. É um silêncio ensurdecedor. E, às vezes, uma tristeza profunda.

Bem-vinda à "Falácia da Chegada".

Nós somos biologicamente programados para a caça, não para o banquete. A dopamina – a molécula do "mais" – é liberada na antecipação, na busca, no esforço. Ela é o combustível do desejo, não do prazer.

Quando você alcança o objetivo, a dopamina despenca. E você fica sozinha com a única coisa que a meta não mudou: você mesma.

A grande ilusão é achar que o sucesso muda quem somos. Não muda. O sucesso apenas muda o cenário onde você continua sendo você.

• Se você era uma pessoa ansiosa sem dinheiro, agora será uma pessoa ansiosa com dinheiro.

• Se você era insegura solteira, será uma insegura casada.

Então, devemos parar de ter metas?

Absolutamente não. A ambição é vital. Mas precisamos mudar a matemática emocional da coisa.

Aqui está a reflexão que mudou meu jogo:

O objetivo da meta não é o prêmio. O objetivo da meta é a pessoa que você precisa se tornar para alcançá-la.

O troféu enferruja. O dinheiro é gasto. O aplauso acaba. Mas a disciplina, a resiliência, a inteligência emocional e a "casca" que você criou durante a subida? Isso é seu. Ninguém tira.

Pare de olhar para o topo da montanha esperando que ele te cure. O topo é apenas um lugar com uma vista bonita e pouco oxigênio. A cura, o crescimento e a vida real acontecem na subida, nos tropeços e na terra que entra debaixo da unha.

Se você está perseguindo algo hoje, pergunte-se: "Se eu chegar lá e não sentir a felicidade que estou imaginando, ainda terá valido a pena pelo que aprendi no caminho?"

Se a resposta for sim, continue. Você está no jogo certo. Se a resposta for não, você está apenas comprando uma ilusão cara.

Ame o processo. Respeite a subida. E não espere que a linha de chegada te salve.

Um abraço,

Sara Souza

Obrigada por ler até aqui e até a próxima. 🌹

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