As 4 perguntas que vão guiar seu GPS

Metamorfose - Edição #069

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O óbvio que você subestima

Como você se sente quando percebe que investiu anos da sua vida em um caminho que não te proporcionou as experiências que você sonhava?

Uma das coisas que mais me incomodam é sentir que estou patinando. Ou seja, gastando energia e tempo com algo que não vai me levar a lugar nenhum.

Quando elevamos um pouquinho o nosso nível de consciência, ou maturidade, passamos a questionar se aquilo que fazemos no nosso dia possui um significado que irá gerar a necessidade de tomarmos decisões intencionais.

A necessidade de estar sempre fazendo algo útil é muito presente na minha vida desde criança. Desde pequena eu preferia trabalhar com meus pais do que brincar, eu gostava mais de ler um livro de adulto do que de criança, eu preferia brincar de ser professora do que de pega pega.

Isso sempre pareceu óbvio para mim, mas para muitas pessoas pode não ser. E aqui eu já trago a primeira reflexão dessa edição.

O seu óbvio pode ser a dúvida de alguém. Uma descoberta que uma pessoa nem imaginava que existia. O seu óbvio, se for uma verdade, pode salvar uma vida.

Não desvalorize aquilo que você possui, é normal não enxergarmos valor àquilo que temos há muito tempo. Mas não podemos permitir que as pessoas se afoguem enquanto temos as boias.

Pode ser evidente para você a necessidade de obter boias para evitar afogamentos, mas há pessoas que desconhecem a existência de boias. Você está falando para elas que as boias existem?

Não guarde para si o óbvio que vai salvar a vida de alguém.

A quem muito foi dado, muito será exigido; a quem muito foi confiado, muito mais será pedido.

Lucas 12:48 parte b.

Vire a chave

A segunda reflexão que eu gostaria de trazer nessa edição são sobre os nossos “pepinos”.

Como mencionei anteriormente, na minha cabeça tudo precisa fazer sentido, precisa existir uma lógica por trás, para que eu não perca o interesse.

Ao buscar lógica em todas as minhas ações, percebi que podemos desperdiçar muito tempo lidando da forma errada com os "obstáculos" que encontramos.

"Obstáculos”, entre muitas aspas.

Os nossos obstáculos são como lombadas, buracos, que aparecem quando estamos na estrada indo para um destino. Uma lombada e um buraco não são necessariamente obstáculos que nos impedem de chegar no destino final.

Eles são apenas uma condição que exige de nós mais atenção naquele momento (é aqui que você vira a chave para os pepinos da sua vida).

Se ficarmos paradas diante de uma lombada, ou de um buraco, com medo de passar por eles, teremos dois resultados:

  1. Iremos travar quem depende da nossa ação para que eles cheguem ao seu destino.

  2. Iremos travar o nosso objetivo de chegar no destino desejado.

A maneira como processamos as lombadas da nossa vida determina o quão longe podemos chegar, e o quão longe permitimos que as pessoas que dependem de nós também cheguem.

Ou seja, a nossa evolução não é apenas um bem pessoal, é também um bem para quem depende de nós.

Como motoristas de primeira viagem podemos ter mais cautela ao passar por uma lombada, ao desviar de um buraco, ou até mesmo passar ao lado de um caminhão (a primeira vez que consegui dirigir do lado de um caminhão comemorei muito rs).

Inicialmente, você pode precisar de mais atenção em alguns detalhes. Quando fui tirar minha carta de motorista reprovei na prova prática três vezes e precisei fazer aulas para pessoas habilitadas (sim, eu era um desastre total).

Eu tinha um medo gigantesco de dirigir. Precisei investir tempo para ganhar confiança nessa habilidade.

Às vezes, será necessário investir tempo em algo que te impede de chegar onde você deseja. O problema é que, podemos estar investindo tempo e dinheiro na solução errada.

Um exemplo é você querer suprimir carência, dependência emocional, com relações superficiais. Uma hora vai dar ruim. Começa uma relação e termina, vai para a próxima e termina. Isso se torna um ciclo na sua mente.

O cérebro busca padrões e quanto mais você repete um, mais difícil se torna sair dele.

Nesse caso, o que você realmente quer não é uma relação é um tapa buraco.

Quando estamos em um nível de maturidade inferior, não conseguimos perceber o quão longe estamos de ser a pessoa que a vida exige de nós.

Estamos parando o trânsito (no mau sentido rs) por causa da nossa ignorância em passar por uma simples lombada.

Até quando seremos pessoas que desejam, mas impedem a evolução?

Torne o trajeto simples

Consideramos simples atravessar por uma lombada quando aprendemos a dirigir um carro, quando aprendemos qual é a hora certa de frear, mas existe um processo longo que precisamos passar antes de sermos capazes de passar por uma lombada.

E existe uma solução correta, não é aprender a dirigir uma moto que vai te tornar capaz de passar por uma lombada com um carro. São veículos? Sim, mas a solução de aprendizado é diferente.

O que, muitas vezes, trava o trânsito, é a impaciência de querer pular etapas que vão nos lapidar para que nos tornemos capazes de passar por aquele desafio.

Pular as etapas é como pegar um carro para tentar chegar no destino final sem saber dirigir. É arriscado. E a chance de dar errado é, praticamente, certa.

O que precisamos entender é que, podemos atravessar pelas primeiras lombadas com ajuda. Podemos aprender com alguém que já navegou por esse caminho e obteve bons resultados, e podemos permitir que essa pessoa nos oriente para alcançar o mesmo objetivo.

Um problema só existe quando não há solução para ele. O desafio é estarmos em um nível de maturidade que somos capazes de enxergar essa solução.

Pode ser que o seu maior problema hoje seja dinheiro, ou relacionamento, ou na saúde, eu não sei…

Seu problema só persiste, porque você não atingiu o nível de maturidade que a solução para esse problema exige.

Agora, tirando um pouco o peso das suas costas, pode ser que você não precise fazer mais. Pode ser que você já fez tudo o que poderia ter feito.

Mas existe um nível de maturidade que só conseguimos alcançar quando esperamos.

Se você está dando o seu melhor e ainda não alcançou o resultado desejado, a mensagem que quero deixar é: não se distraia.

As distrações

Quando você se propõe a se tornar alguém diferente, você vai se deparar com situações, pessoas, até mesmo pensamentos e sentimentos que querem te puxar para a sua versão que não possui o resultado que você deseja.

Não deixe que os problemas da sua vida bloqueiem a visão do futuro que um dia você desejou ter.

Esgotamos as oportunidades de construir uma história com propósito quando direcionamos nossos pensamentos e sentimentos para aquilo que não podemos fazer.

Desperdiçamos nosso tempo focando em nossas incapacidades e erros, deixando desaparecer de nossa vista as soluções.

É essencial vivermos uma vida de melhoria contínua, mas essa melhoria não pode ser um combustível para o perfeccionismo e a paralisia.

Tenho repetido para mim mesma, e quero que você também faça isso sempre que surgirem pensamentos e sentimentos que tentam paralisá-la: “Não se distraia.”

Suas ações estão escrevendo uma história. E a questão não é se será uma história perfeita, mas se ela terá com propósito e com um legado transformador.

Deixe de gastar tempo pensando no que você quer ser amanhã e invista tempo em ser a melhor pessoa que você pode ser hoje.

Seja a pessoa que não trava o trânsito, seja a pessoa que joga as bóias para quem nem sabia que existia uma.

Ao encontrar um "obstáculo", pense como se ele fosse um GPS sugerindo uma nova rota e, antes de seguir, analise se esse é o caminho correto a tomar. Faça essa análise utilizando a regra das 4 perguntas:

I. Essa escolha te faz feliz?

Observe se te fará feliz não só no curto, mas principalmente no longo prazo. Analise se você realmente se sente feliz ou se você só quer suprir uma carência emocional.

II. Essa escolha te aproxima dos seus objetivos?

Tome cuidado com as distrações. Observe se é uma oportunidade ou emboscada.

III. Essa escolha te torna uma pessoa melhor?

Se não te torna uma pessoa melhor, é regresso.

IV. Essa escolha está coerente com a realidade?

Tome cuidado para não se contar histórias ilusórias, olhe para as evidências da realidade.

Eu espero que esse texto traga clareza mental para que não desperdice seu tempo e reavalie a forma que você está vivendo. Se possível, me dê um feedback do que você achou desta edição no final do e-mail.

Com amor,

Sara.

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