Ele não se amava de verdade

Metamorfose - Edição #111

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Ele não se amava de verdade.

Você já sentiu que estava amando alguém que nem sabia amar a si mesmo?

Que toda aquela intensidade no começo, aquelas mensagens de madrugada, aquela atenção que parecia exclusiva, aquele jeito de te fazer sentir especial, não era amor de verdade, mas compensação?

Porque é exatamente isso que a neurociência revela sobre o narcisismo.

A maioria das pessoas vê o narcisista como alguém que se ama demais. Como se ele estivesse tão cheio de si que não sobra espaço pra mais ninguém.

Mas a verdade é o oposto.

O narcisista não se ama — ele se compensa.

Ele constrói uma identidade grandiosa porque a real é frágil demais pra ser vista.

Precisa de admiração constante porque sozinho... ele desmorona.

E toda aquela segurança que ele demonstrava? Era só uma máscara cobrindo um vazio que nem ele mesmo consegue preencher.

E sabe o que isso muda?

Tudo.

Porque quando você entende que aquele homem que parecia tão confiante estava, na verdade, desesperado por validação... você para de romantizar a intensidade dele.

Para de achar que "ele só precisa de amor pra mudar".

E principalmente: para de se culpar por não ter sido suficiente.

Porque nunca foi sobre você. Era sobre o vazio dele que ninguém, nem você, nem ele mesmo, conseguia preencher.

Essa verdade incomoda. Gera discussões. Porque desafia uma crença muito popular: "narcisistas são pessoas más que escolhem machucar os outros".

Mas se o narcisismo é um transtorno enraizado em fragilidade emocional e identidade quebrada... então ele é vítima ou algoz?

E mais: até que ponto você deve ter empatia com alguém que te machucou repetidamente?

Essa tensão entre "entender" e "se proteger" é real. E dolorosa.

Ainda mais pra você, que foi ensinada a perdoar, amar incondicionalmente e "ver o melhor nas pessoas", mas que pagou um preço alto por isso.

Você passou anos tentando entender por que aqueles homens agiam daquele jeito. Por que começavam intensos e depois sumiam. Por que pareciam tão seguros mas eram tão instáveis.

Se culpou. Achou que não foi suficiente. Que se tivesse feito diferente, talvez ele mudasse.

Mas quando você entende que o problema nunca foi você, que aquela necessidade insaciável de atenção, aquela incapacidade de empatia, aquela sensação de estar sempre "competindo" por validação — tudo isso eram sinais de uma identidade quebrada...

Aí sim você consegue se libertar.

Porque você para de tentar consertar o que nunca foi responsabilidade sua.

E começa a reconstruir a própria identidade, que foi a parte de você que realmente precisava de atenção esse tempo todo.

Se essa reflexão fez sentido, responde esse e-mail me contando o que mais te tocou.

Obrigada por ler até aqui e até a próxima. 🌹

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