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O início do fim...
Metamorfose - Edição #048
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Feliz no dia do meu aniversário.
“Eu não quero casar!” - Essa foi a minha fala depois de vivenciar minha primeira decepção amorosa.
Aos 18 anos, eu tive meu primeiro namorado, após 9 meses, o término. Você pode pensar que 9 meses de namoro não seriam suficientes para causar um grande estrago, e, de fato, o estrago teria sido menor se o pós-término não tivesse sido tão destrutivo.
Além da infidelidade, durante os 12 meses que seguiram, surgiram episódios de perseguição, manipulação, diminuição pessoal e agressão verbal de alguém que não se importava com o impacto que essas atitudes estavam causando em mim.
Esse período me levou a um quadro depressivo, e naquele momento, eu não entendia como o fim de um relacionamento, que deveria ter sido libertador, estava sendo o início de um sofrimento ainda maior.
A medida que fechamos uma porta, uma nova porta se abre. Essa nova porta pode não ser imediatamente a porta do paraíso, pode ser uma porta que exige de você coragem, força e resiliência, para que assim, você se torne uma pessoa apta para viver o que deseja.
O início de um novo caminho pode provocar desconforto, mas permanecer no mesmo lugar te distancia do destino desejado.
É importante entender que um novo caminho raramente é confortável. Ele costuma provocar dor, desconforto e muitas vezes uma sensação de perda, porque mudar significa abandonar uma parte de quem somos para dar lugar a quem podemos ser.
Olhar para trás, agora, me faz perceber que cada experiência dolorosa, cada decepção e cada fim, era na verdade uma forma de retirar as escamas dos meu olhos que não me faziam enxergar com clareza quem eu queria ter ao eu lado.
No momento que cada escama é retirada dói. E pode parecer que a dor está nos destruindo, mas com o tempo, percebemos que ela está nos moldando de maneira mais forte, mais sábia e mais preparada para viver o que desejamos alcançar.
Cada nova porta é um convite para a mudança, e a mudança, por mais dolorosa que seja, é o único caminho para o crescimento.
Qual porta escolher?
Ao cruzar a porta da mudança, deixamos para trás aquilo que já não nos serve, mas a dor dessa transição pode nos fazer querer voltar atrás. Quem nunca já pensou em voltar com um ex namorado que já nos feriu só porque era familiar? Sentir falta do que é familiar, mesmo que o familiar seja o que nos feriu, é uma tremendo sinal de baixa autoestima.
Mas, entenda, é justamente ao entrar em um terreno novo que nos tornamos capazes alcançar o que realmente queremos. Cada vez que encaramos a dor da mudança, nos aproximamos daquilo que queremos.
Eu me lembro de como me senti durante aquele período pós-término. Eu me sentia sem chão, uma inútil que foi enganada, e foi a última a saber. Naquela época, a ideia de seguir em frente sozinha parecia impossível. A dor me cegava, mas, hoje percebo que o fim não era o problema. Eu estava apegada a uma versão medíocre de mim que precisava ser deixada para trás.
A experiência, por mais devastadora que tenha sido, me forçou a crescer de formas que eu jamais teria imaginado.
O ponto é que a mudança não é apenas sobre deixar algo para trás; é sobre se permitir florescer em novos terrenos. Quando nos forçamos a andar por portas desconhecidas, descobrimos que somos capazes de muito mais do que pensávamos.
Aquela fase de perseguição, de manipulação emocional, foi um teste que revelou a força que eu nem sabia que possuía. A dor revelou uma nova realidade a mim, mas foi a minha escolha de continuar lutando que me fortaleceu. E isso é algo que todas nós podemos fazer: escolher continuar, mesmo quando a mudança nos assusta.
No final, o que mais importa não é o quanto dói, mas sim quem você se torna depois disso. Então se questione:
O que eu aprendi com tudo isso?
Quem eu me tornei depois disso?
A cada nova porta que se abre, a cada transformação, você se aproxima um pouco mais da sua melhor versão. E talvez a maior lição seja essa:
A forma como você a encara a mudança determina o quão longe você irá chegar.
A verdadeira liberdade e realização vêm quando aceitamos que o desconforto é o preço que pagamos para alcançar os nossos maiores desejos.
Portanto, se você se encontra diante de uma porta que precisa ser fechada, saiba que o caminho à frente pode parecer assustador, mas é nesse processo de desconstrução e reconstrução que o seu destino começa a tomar uma nova forma. E quanto mais você abraça a mudança, mais próximo você está do que tanto deseja.
Quanto mais tempo você perde com a pessoa errada, mais você se distancia da pessoa certa.
Pare de perder tempo
Aprenda a não gostar de perder tempo.
Aprenda a não gostar de perder tempo a pessoa errada. O tempo é o nosso ativo mais valioso e não podemos criar mais tempo.
O fim desse término junto com outras experiências, me ajudou a parar de ser a boazinha que tenta agradar todo mundo. Passei a focar no meu desenvolvimento e no que era essencial para a minha felicidade.
Se você já esteve, está ou quer estar em uma relacionamento de alto valor, é necessário que você se torne uma mulher de alto valor. Esse alto valor começar a ser manifestado com a cura das nossas feridas emocionais.
As feridas emocionais que surgem em torno de relacionamentos, sejam durante, após o término ou em quem nunca esteve em um, podem afetar profundamente a autoestima, a percepção de si e dos outros, e a capacidade de se conectar emocionalmente com o outro. Veja esses exemplos de feridas emocionais:
1. Rejeição: A sensação de não ser suficiente ou de não ser aceito pelo outro pode deixar marcas profundas, levando a inseguranças, baixa autoestima e medo de novos relacionamentos.
2. Abandono: Sentir-se emocionalmente ou fisicamente abandonado, seja durante o relacionamento ou após o término, pode gerar um vazio interior.
3. Traição: A traição, seja por infidelidade ou quebra de confiança, é uma ferida que pode destruir a capacidade de confiar nas pessoas. Ela frequentemente provoca sentimentos de raiva, desconfiança, e a sensação de vulnerabilidade, dificultando a criação de vínculos futuros.
4. Culpa: Após o fim de um relacionamento, muitas pessoas carregam uma culpa excessiva, seja por coisas que fizeram ou deixaram de fazer. Esse peso pode impedir a cura emocional e alimentar sentimentos de fracasso e arrependimento.
5. Medo do Desapego: Muitas pessoas têm dificuldade em deixar para trás um relacionamento antigo ou não conseguem deixar de viver a vida de solteiro, seja de pessoas ou da sua condição atual. Essa ferida emocional pode causar uma sensação de perda constante, como se parte de si tivesse ficado para trás.
6. Sentimento de Inadequação: No contexto de um relacionamento, ou até mesmo em quem nunca esteve em um, o sentimento de não ser bom o suficiente pode ser devastador. Esse tipo de ferida emocional pode estar enraizado em comparações com outras pessoas.
7. Vergonha: A vergonha pode surgir quando uma pessoa sente que falhou no relacionamento, que foi humilhada ou exposta de alguma forma. Esse sentimento pode bloquear a capacidade de se abrir emocionalmente e gerar medo de ser julgado.
8. Dependência Emocional: Muitas vezes, a pessoa cria uma dependência emocional tão forte no parceiro que, ao final do relacionamento, ou mesmo dentro dele, sente-se incapaz de lidar com a própria vida sem o outro. Essa ferida pode levar a uma sensação de desamparo e perda de identidade.
9. Solidão Profunda: Mesmo estando em um relacionamento, algumas pessoas podem se sentir emocionalmente desconectadas, o que gera uma solidão que é dolorosa e confusa. Essa ferida pode resultar em dificuldades para se conectar emocionalmente com os outros no futuro.
10. Medo de Nunca Ser Amado: Esse medo frequentemente leva a uma baixa autoestima e a uma visão negativa de si, dificultando a aproximação de potenciais parceiros.
Essas feridas emocionais podem se manifestar de formas diferentes em cada pessoa, mas todas elas têm o potencial de impactar profundamente a maneira como nos relacionamos com os outros e conosco. O processo de cura envolve a consciência dessas feridas e o trabalho contínuo para superá-las.
Eu já experimentei cada uma dessas feridas e foi justamente por causa dessas feridas que eu não queria me casar, que eu me relacionei com parceiros que me feriram, que eu não tinha o real valor no relacionamento, que eu não conseguia dizer “não” quando sentia vontade.
Mas eu finalmente decidi mudar esse cenário. Foi quando entrei no meu casulo…
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