Você pensa ou sente para decidir?

Metamorfose - Edição #056

Você pensa ou sente para decidir?

Ao fazer uma escolha, você leva em consideração aquilo que você sente ou aquilo que você pensa? Embora muitas vezes tentemos ser racionais para decidir, nossos sentimentos buscam atravessar a construção do pensamento racional, distorcendo nossa percepção e, em alguns casos, nos impedindo de enxergar com clareza o que é melhor para nós.

As emoções têm um papel fundamental na nossa experiência de vida, mas elas podem se tornar nossas maiores inimigas quando não aprendemos a administrá-las.

Nem sempre é a situação em si que nos aprisiona em ciclos viciosos, mas a forma como reagimos emocionalmente a ela. Sentimentos como medo, culpa, raiva ou tristeza podem nos levar a tomar decisões impulsivas ou, ao contrário, podemos sentir vontade de evitar fazer escolhas importantes (indecisão), prolongando os mesmos padrões que nos mantêm insatisfeitas.

Nosso corpo também contribui para essa repetição. No livro “Quebrando o Hábito de Ser Você Mesmo”, o autor mostra que a química do nosso cérebro influência nossas emoções, desencadeando uma série de reações físicas em nosso corpo. O problema é que, com o tempo, nosso corpo se acostuma com esses estados emocionais, criando uma espécie de dependência. Por exemplo, se você está acostumada a se sentir ansiosa ou rejeitada, seu corpo pode inconscientemente buscar situações que recriem essas emoções, apenas para manter o estado que ele reconhece como familiar.

Essa dinâmica explica por que tantas pessoas vivem as mesmas experiências repetidamente, seja nos relacionamentos, no trabalho ou nas decisões pessoais. Elas não percebem que estão sendo conduzidas por padrões emocionais que as mantêm presas a velhos hábitos e escolhas.

A chave para romper esse ciclo está em desenvolver consciência sobre as emoções que têm guiado nossa vida até agora e, com essa clareza, decidir se elas são capazes de nos conduzir a escolhas que proporcione alegria no presente e no futuro.

Tomar boas decisões requer um equilíbrio entre sentir e pensar. Quando conseguimos separar o que é uma reação emocional imediata do que é um pensamento claro e racional, abrimos espaço para escolhas que nos tiram do ciclo vicioso e nos colocam em um caminho de crescimento e propósito. Afinal, decidir bem não é apenas saber o que queremos, mas também saber como nossas emoções estão guiando nossas escolhas.

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