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Você não desistiu do seu sonho. Você só parou de enxergá-lo.
Metamorfose - Edição #105
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Você não desistiu do seu sonho. Você só parou de enxergá-lo.
Existe uma diferença brutal entre desistir de um sonho e simplesmente parar de conseguir vê-lo.
Desistir é uma escolha consciente. É olhar para o futuro e dizer: "não quero mais isso."
Mas parar de enxergar? Isso é outra coisa.
É quando o sonho ainda está lá, latejando no fundo do peito... mas existe uma cortina invisível entre você e ele.
Uma cortina feita de traumas não curados, decepções acumuladas e feridas que você nunca teve tempo de processar.
Você não perdeu a vontade de viver um amor verdadeiro.
Você não desistiu de constituir família.
O que aconteceu foi que, depois de tanto homem que prometeu e não cumpriu, tanto relacionamento que começou intenso e terminou em abandono, tanto ciclo que se repetiu... seu cérebro criou uma proteção.
E essa proteção? Ela bloqueia a dor. Mas também bloqueia a esperança.
É como se você olhasse para o futuro e só visse névoa.
Não porque o futuro não existe. Mas porque os traumas criaram uma camada tão espessa que você literalmente não consegue mais visualizar aquilo acontecendo com você.
Sabe aquela sensação de que você quer acreditar, mas não consegue?
De que você tenta imaginar um relacionamento saudável, mas a imagem não se forma?
De que quando alguém fala sobre amor verdadeiro, algo dentro de você sussurra: "isso não é pra mim"?
Isso não é falta de fé. É falta de cura.
Porque a verdade é esta: você não precisa de mais motivação.
Você não precisa ouvir que "vai chegar a sua hora".
Você precisa tirar essa cortina. Precisa processar as feridas que estão bloqueando sua capacidade de sonhar de novo.
E aqui está a parte que ninguém te conta: essa cortina não sai sozinha.
Ela não desaparece com o tempo. Ela não se dissolve com orações genéricas ou com a chegada de um homem novo. Ela precisa ser removida de forma consciente, estruturada e intencional.
Porque enquanto ela estiver lá, você vai continuar repetindo os mesmos padrões.
Vai continuar atraindo homens emocionalmente indisponíveis.
Vai continuar se fechando quando alguém saudável aparecer.
Vai continuar acreditando que o problema está em você, quando na verdade, o problema está na ferida não curada que distorce a forma como você enxerga o amor.
Então me responde uma coisa: e se o sonho não morreu?
E se ele só está esperando você se curar o suficiente para conseguir vê-lo de novo?
Os Três Tipos de Cortina Que Te Impedem de Sonhar
"Você não enxerga o futuro porque ainda está olhando para o passado com as lentes erradas."
Nem toda cortina é igual.
E entender qual tipo de cortina você carrega é o primeiro passo para removê-la.
Existem três tipos principais de cortina emocional que bloqueiam a capacidade de sonhar. E a maioria das mulheres carrega pelo menos duas delas ao mesmo tempo.
Tipo 1: A Cortina da Idealização Quebrada
Essa é a cortina que se forma quando você acreditou demais em alguém que não merecia.
Quando você idealizou um homem, um relacionamento, um futuro — e tudo desmoronou.
O problema não foi sonhar. Foi sonhar com a pessoa errada. Foi projetar qualidades que ele nunca teve.
Foi ignorar sinais vermelhos porque você queria tanto que desse certo que preferiu acreditar na versão que você criou dele do que na realidade que ele mostrava.
Tipo 2: A Cortina da Dor Acumulada
Essa cortina não se forma de uma vez. Ela vai sendo tecida, fio por fio, a cada decepção pequena que você engoliu, a cada promessa quebrada que você viveu, a cada vez que você se sentiu invisível, desvalorizada, trocada.
É a cortina das mulheres que não tiveram um trauma gigante. Mas tiveram mil pequenos cortes que nunca cicatrizaram direito.
Tem também a mulher que sempre foi a segunda escolha. Nunca a primeira.
Ela era a amiga que o cara procurava quando estava triste, mas nunca a namorada.
Era a que ele elogiava em particular, mas não assumia em público. Era a que ele dizia que era "incrível", mas sempre tinha um "mas" no final da frase.
Ela nunca foi rejeitada de forma clara. Mas também nunca foi escolhida de forma plena.
E isso dói de um jeito diferente. Porque não tem um vilão óbvio. Não tem uma traição escandalosa. Tem apenas a sensação constante de não ser suficiente.
E quando isso se repete, a cortina que se forma é feita de resignação. "Talvez eu não seja o tipo de mulher que os homens escolhem.
A cortina da dor acumulada é feita de dor crônica. E o perigo dela é justamente esse: você normaliza. Acha que é assim mesmo. Que todo mundo passa por isso. Que faz parte.
Mas não faz.
E enquanto você não parar para olhar para essa dor acumulada, para validá-la, para processá-la de verdade, a cortina vai continuar ali. Bloqueando.
Tipo 3: A Cortina do Medo do Desconhecido
Essa é a cortina mais sutil. E talvez a mais difícil de remover. Porque ela não se forma por causa do que aconteceu. Ela se forma por causa do que pode acontecer.
É a cortina do medo de se abrir de novo e se machucar. Do medo de acreditar e se decepcionar. Do medo de sonhar e descobrir que o sonho não era para você.
E ela sabota. Não porque não quer. Mas porque o medo do desconhecido é maior que o desejo de viver algo novo.
A Decisão Que Muda Tudo
Você chegou até aqui. Leu cada palavra. Sentiu cada pontada de reconhecimento. Viu sua história refletida em exemplos que pareciam ter sido tirados do seu diário secreto.
E agora está naquele momento delicado onde tudo pode acontecer: ou você fecha essa aba e volta para a vida de sempre, ou você decide que hoje é o dia em que a cortina começa a cair.
Deixa eu ser honesta contigo: eu não posso remover a cortina por você.
Ninguém pode. Nem eu, nem suas amigas, nem seus pais, nem o pastor. Nem mesmo Deus vai fazer isso enquanto você se recusa a olhar para ela.
Porque a cortina não é uma maldição. É uma escolha inconsciente que virou hábito.
E hábitos só mudam quando você decide, de forma consciente e deliberada, que não vai mais viver assim.
A pergunta não é se você consegue. A pergunta é: você está disposta?
Disposta a parar de romantizar o sofrimento como se fosse prova de amor.
Disposta a largar a versão idealizada dele e aceitar quem ele realmente era.
Disposta a processar a dor acumulada em vez de continuar engolindo.
Porque, veja bem: você pode continuar vivendo com a cortina. Muitas mulheres vivem. Elas se acostumam com a penumbra. Aprendem a funcionar no automático. Constroem uma vida "ok" — não extraordinária, não plena, mas ok.
Mas você não foi criada para "ok".
Você foi criada para viver com os olhos bem abertos, com o coração curado, com a capacidade de sonhar restaurada.
E enquanto a cortina estiver ali, você vai continuar tropeçando no passado toda vez que tentar caminhar para o futuro.
Então aqui está o que eu quero que você faça agora — não amanhã, não depois que "estiver mais pronta", mas agora:
Primeiro: Pegue um papel e uma caneta. Escreva esta frase: "Eu escolho tirar a cortina." Assine embaixo. Cole em algum lugar que você veja todo dia. Porque essa decisão precisa sair da sua cabeça e virar compromisso concreto.
Segundo: Comece pelo Passo 1 que eu te dei. Nomeie a cortina. Escreva, com brutal honestidade, o que você sente quando pensa em se relacionar de novo. Não edite. Não julgue. Só escreva. Porque você não pode curar o que você não reconhece.
Terceiro: Faça a pergunta que você está evitando há tanto tempo: "Deus, o que em mim está bloqueando o que eu estou pedindo?" E espere a resposta. Mesmo que doa. Mesmo que seja desconfortável. Porque Ele já está esperando você fazer essa pergunta.
Quarto: Pare de tentar fazer isso sozinha. A cortina é pesada demais para você remover sem ajuda. Procure uma mentoria, uma terapia, um grupo de apoio — algo que te dê ferramentas reais, não só conselhos genéricos ou versículos soltos.
Deus te deu as mãos. Ele espera que você use. Ele te deu inteligência emocional. Ele espera que você desenvolva. Ele te deu neuroplasticidade — a capacidade do cérebro de se reprogramar. Ele espera que você aplique.
E quando você fizer a sua parte, Ele faz a dEle. Sempre fez. Sempre fará.
Obrigada por ler até aqui e até a próxima. 🌹
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