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Quando você percebe que está amando sozinha e decide mudar
Metamorfose - Edição #075
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“Ele dizia que amava. Mas sumia quando você mais precisava.”
Ela dizia: “ele é bom, só não sabe demonstrar”.
Mas passava noites em silêncio, esperando uma mensagem que nunca vinha.
Colocava o celular pra carregar e deixava o peito em modo avião.
Dormia com a ausência vibrando no silêncio.
Acordava com a esperança de que, dessa vez, seria diferente.
E foi.
Mas não do jeito que ela sonhava.
Ele sumia sempre que ela precisava.
E ela dizia pra si mesma: “É só uma fase. Uma hora ele muda.”
Mas não era sobre ele.
Era sobre ela.
Sobre a mulher que aprendeu a aceitar o pouco — achando que era tudo que merecia.
A mulher que confundia silêncio com paciência.
Ela nunca foi fraca.
Só estava cansada de ser forte o tempo inteiro — sozinha.
E quando a gente ama sozinha por tempo demais… começa a achar que o problema é a gente.
Que é melhor diminuir o que sente… do que correr o risco de ser deixada mais uma vez.
Mas hoje, alguma coisa nela levantou da cadeira.
Se recusou a esperar a hora certa pra ser amada.
Ela não quer mais sobreviver às migalhas.
Ela quer viver o banquete inteiro.
Quer a mesa posta, a conversa inteira.
E talvez, pela primeira vez…
ela esteja pronta pra escolher diferente.
As crenças que você nem percebe, mas que escolhem por você
“A gaiola mais difícil de sair… é a que você não sabe que está.” – Mario Quintana
Você não falava em voz alta.
Mas seu silêncio gritava tudo o que estava aceitando — sem perceber.
Dizia quando aceitava menos, só pra não perder o pouco que tinha.
Quando engolia a própria verdade, só pra não incomodar.
Quando chamava de amor o que, no fundo, era só sobrevivência emocional.
Lá no fundo, tinha um medo escondido:
“Se eu for intensa demais, ele vai embora.”
“Se eu pedir demais, vou parecer carente.”
“Se eu me mostrar inteira… talvez ele não fique.”
E é assim que você ia… se partindo.
Em concessões, em sorrisos que não eram seus.
Não por ingenuidade.
Mas por amor.
Um amor bonito — mas entregue no lugar errado.
E é aí que mora a armadilha mais cruel:
As crenças que te sabotam não gritam.
Elas sussurram.
Se misturam com a memória. Com a voz da sua mãe.
Com a ideia de que você precisa sempre ser mais “compreensiva”.
São palavras que moram na sua mente há tanto tempo…
que você já nem percebe que são mentiras:
Que você tem que “merecer” amor.
Que só sendo perfeita alguém vai ficar.
Que pedir presença é exigir demais.
Que é melhor ajustar o coração do que arriscar perdê-lo.
Essas crenças não aparecem no que você diz.
Mas estão escondidas no que você tolera.
No tipo de amor que você chama de sorte.
Na ausência que você aprendeu a chamar de destino.
E talvez agora esteja doendo…
Mas é essa dor que começa a abrir os olhos.
Porque quando você percebe que essas vozes não são suas…
algo muda.
Você não quer mais só que ele volte.
Você quer voltar pra si.
E é aí que tudo começa a mudar.
O que você aceita não define seu valor — mas revela o quanto você se esqueceu dele
“Você se torna aquilo que tolera.” – Meryl Streep
Você foi treinada.
A agradecer pelo pouco.
A sorrir pra migalhas como se fossem banquetes.
A achar que presença uma vez por semana… era amor.
Você não escolheu o pouco — só achou que não tinha direito a mais.
Porque quando a mulher está desconectada de si…
ela negocia tudo. Até a própria paz.
Você lembrava dele.
Mas tinha esquecido de você.
Do seu riso quando está leve.
Da sua firmeza quando está conectada.
Do quanto você é inteira — e nunca deveria ter sido tratada como metade.
E olha…
Talvez ele tenha gostado de você.
Mas só com a parte que ele conseguia sentir.
E o nome disso não é amor — é limite.
Porque amor, mesmo imperfeito…
tenta.
Não foge.
Não some quando é mais preciso.
Mas ele sumia.
E você ficava se perguntando o que tinha feito de errado.
Quando, na verdade, não era sobre o que você fazia.
Era sobre o que você estava deixando de fazer por você.
Isso não te diminui.
Te revela.
Revela que você estava tão distante da sua essência, que passou a confundir afeto com migalha.
Que se acostumou a mendigar presença.
Que tolerava ser ignorada — só pra não ser deixada.
Mas agora…
alguma coisa dentro de você começou a voltar.
Como se dissesse, baixinho:
“Ei, você não é isso que aceitaram te dar.”
E quando você volta a se enxergar…
percebe que nunca foi falta de amor.
Foi só falta de espelho.
Você não precisa se odiar por ter escolhido errado — só precisa escolher de outro lugar
“Quando a alma desperta, a bagunça vira começo.” – Rupi Kaur
Você não errou por ter amado.
Você só se esqueceu de onde deveria amar primeiro.
Se culpar por ter ficado demais…
não apaga o que foi.
Só prolonga a dor de ter se esquecido de si.
A escolha errada já foi feita.
Agora, é hora de fazer outra.
Mas dessa vez…
de outro lugar.
Porque quando você está longe de si…
escolhe com o buraco.
Com a pressa de ser amada.
Com o medo de nunca mais ser escolhida.
Mas quando você se reconecta…
alguma coisa muda.
Você começa a enxergar.
E quando enxerga, não dá mais pra fingir que não vê.
A ausência grita.
O toque não esquenta.
A conversa não flui.
O silêncio não é mais paz — é desconforto.
Você olha pra ele e não se reconhece mais ali.
Não porque ele mudou.
Mas porque você voltou a enxergar com clareza.
E aí, o que antes parecia amor… já não encaixa mais.
No meio disso tudo, uma escolha aparece:
Você pode continuar se odiando por ter aceitado tão pouco.
Ou pode acolher quem você foi — e escolher com os olhos de quem voltou a se amar.
Porque agora…
o coração não precisa mais correr atrás.
Ele só precisa bater no ritmo certo.
E o ritmo certo é aquele onde você cabe inteira — sem perder nenhuma parte.
“Quando você se torna inteira, o mundo para de te partir.” – Brené Brown
Romper com padrões antigos não exige gritos nem portas batidas.
É um gesto calmo.
Mas inegociável.
É quando você diz: “chega.”
Mas pra esse “chega” nascer, algo vem antes:
um novo tipo de amor por você.
É amor que coloca limite.
Porque aprender a dizer “não” é a forma mais prática de dizer:
“eu me amo o suficiente pra não me deixar quebrar de novo.”
E autoestima, diferente do que te ensinaram, não é se achar demais.
É se lembrar que você já era inteira — antes de começarem a te quebrar.
Quando você volta a se ver por inteira:
As migalhas já não te alimentam.
O silêncio dele não te culpa mais.
Você não corre atrás de quem não caminha com você.
E entende: perder quem não te queria inteira… nunca foi perda. Foi liberdade.
Hoje, você não implora mais pra ser vista.
Porque agora, você se olha — e se reconhece.
quando uma mulher se reconhece inteira…
ela não aceita mais viver em metades.
“A partir do momento em que você se enxerga, você para de implorar para ser vista.”
Que esse texto faça você refletir sobre a maneira que você está se relacionando.
Com amor, até a próxima edição.
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A forma como você se ama é o que ensina os outros a te amar. - Rupi Kaur
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Esse podcast trás questões sobre o universo, astrologia e a vida. É muito estranho quando nos damos conta do quão pequenos somos em relação ao universo.
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