Os 4 pilares da mulher rara

Metamorfose - Edição #036

Não tente ter bons hábitos.

“Mas Sara, como assim? Todo mundo fala que precisamos ter bons hábitos.”

Eu sei.

E se você já me conhece há um tempo, você já sabe que eu tenho uma metodologia focada apenas em hábitos. O que eu chamo de Hábitos NOBRES.

No entanto, saber o que precisa ser feito não significa necessariamente que você vá colocar em prática.

Quantas pessoas você conhece que sabem o que é melhor para elas e mesmo assim elas continuam fazendo as mesmas coisas, obtendo os mesmos resultados e as mesmas dificuldades no curto e no longo prazo?

Eu conheço várias.

Geralmente as desculpas que elas utilizam para se justificar é: Eu não consigo.

Em edições anteriores eu comentei com você que:

Não consigo = Não quero = Medo.

Medo de dar errado, medo de dar certo, medo do julgamento, medo do desconhecido…

A justificativa certa para esse bloqueio seria: Eu não sei COMO fazer.

Hoje eu estou aqui para te mostrar que é possível você parar de ficar patinando no mesmo lugar e começar a colocar em prática não só novos hábitos mas transformar-se e revelar ao mundo o seu novo eu.

Após alguns anos estudando sobre o comportamento humano e analisando a trajetória das minhas alunas identifiquei 4 pilares que são essenciais para que possamos nos transformar de dentro pra fora.

Pilar 1: Retrospectiva

Antes de pensar lá na frente, precisamos dar alguns passos para trás. Esse é o momento em que iremos traçar uma linha do tempo e analisar quais foram os gatilhos que desencadearam padrões comportamentais destrutivos.

Um exemplo de comportamento atual: Marta possui muitos sonhos, porém vive procrastinando e se sente ansiosa porque não consegue tirar seus projetos do papel. Essa incapacidade de agir a faz sentir-se incompetente e profundamente ansiosa com as incertezas do futuro.

Um exemplo de causa: Marta não consegue realizar seus sonhos, pois durante sua infância e adolescência, seus pais, na intenção de protegê-la, não a incentivaram a assumir riscos ou a tomar suas próprias decisões. Eles escolhiam suas atividades extracurriculares, suas amizades e até mesmo suas opções acadêmicas. Como resultado, Marta cresceu sem desenvolver a autoconfiança necessária para tomar suas próprias decisões.

Hoje, essa falta de prática em assumir riscos e tomar decisões se manifesta como medo paralisante de errar. Maria teme que qualquer decisão errada possa levar ao fracasso, e essa incerteza a impede de avançar com seus projetos. Ela permanece estagnada, vendo suas ideias brilhantes nunca se concretizarem.

Esse é apenas um exemplo, existem diversas causas do porquê agimos de determinada maneira. Esse processo de retrospectiva ocorre como se fosse a primeira etapa de uma construção.

Para começar a construir algo novo, é necessário investigar o terreno. O que se passou ali, quais são as propriedades, se houver árvores, quais são as raizes. E a partir disso, definir qual é o tipo de fundação ideal a ser construída nesse terreno.

Pilar 2: Autoestima

Na última edição eu te expliquei que autoestima não é sobre beleza, não é sobre status, não é falar para si mesma que você é incrível. Autoestima vai muito além disso.

Mas por que a autoestima é tão importante?

A autoestima influencia na escolha dos seus amigos, na escolha das pessoas com quem você aceita se relacionar e conviver. Influência se você é uma pessoa com critérios para escolher com quem se relaciona.

A autoestima influencia na forma como você se comunica com os outros, se você esconde os problemas debaixo do tapete e vive engolindo sapos de forma passiva.

P.S.: Lembrando que a comunicação agressiva e arrogante esconde baixa autoestima.

A autoestima interfere na sua produtividade, no quanto você possui energia vital para fazer o que precisa ser feito.

Essa lista é grande e como eu também disse na edição anterior, a autoestima influencia todas as áreas da nossa vida.

É a baixa autoestima que nos coloca em situações que reforçam crenças que limitam nosso potencial.

Pilar 3: Respeito

O respeito envolve um profundo senso de valor próprio, onde uma pessoa reconhece e honra sua dignidade e valor intrínseco. Um componente crucial do auto-respeito é o compromisso firme com os próprios princípios e valores.

As pessoas normalmente não possuem clareza sobre quais são os seus princípios e o seus valores e na minha metodologia esse é um ponto crucial para viver uma transformação.

O que são princípios?

São normas universais e atemporais que orientam nosso comportamento e decisões, como a justiça, honestidade e integridade. Eles são a base moral sobre a qual construímos nossas vidas e tomamos decisões éticas.

O que são valores?

São crenças pessoais e culturais sobre o que é importante e desejável. Eles podem incluir a importância da família, sucesso profissional, amizade, felicidade e muitas outras prioridades individuais.

Ter auto-respeito significa se posicionar de forma assertiva. Este compromisso envolve viver de maneira que esteja alinhada com o que você considera fundamental e inegociável.

Honrar com nossos princípios universais enquanto perseguimos nossos valores pessoais cria uma vida de integridade e autenticidade.

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